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Artigo sobre Medicinas Alternativas e Estilos de vida saudáveis – Parte I

Quando nos deparamos com algum problema de saúde ou queremos simplesmente melhorar o nosso estilo de vida, nem sempre a medicina convencional e as nossas actividades diárias resolvem as nossas preocupações. Daí no nosso grupo da Área de Projecto, da turma 12ºC, ter decidido abordar o tema das Medicinas Alternativas e estilos de vida saudáveis.   
Sabemos que na sociedade ocidental estão pouco divulgadas as inúmeras práticas alternativas na área da saúde, devido ao vigente sistema de saúde moderno e científico, excluindo, geralmente, outras áreas que reclamam também um estatuto científico. Mas é argumentável que pelo menos algumas medicinas alternativas, exercidas especialmente em países orientais, são também sistemas científicos, com aplicações interessantes em domínios diversos, embora menos conhecidos ou reconhecidos a nível da mentalidade ocidental, não por não terem benefícios para a saúde e bem-estar, mas sim porque as medicinas convencionais estão fortemente enraizadas nas sociedades ocidentais.
Pelo facto de, nas últimas décadas, a medicina convencional ter sido quase a única solução para os cidadãos de muitos países, inclusive Portugal, propomo-nos, ao longo deste ano lectivo, esclarecer alguns destes procedimentos, como por exemplo os da homeopatia, da acupunctura e da osteopatia.
Na situação económica actual, a divulgação de algumas medicinas alternativas poderá favorecer muitos cidadãos, na medida em que, em alguns casos, não são utilizados fármacos, podendo assim ver-se reduzidas despesas na área farmacêutica: exemplo da acupunctura. Isto para além de uma razão maior: nos casos em que pode ser utilizada a acupunctura como método anestésico, por exemplo, parece haver claras vantagens para os pacientes a nível dos chamados e indesejáveis efeitos colaterais dos fármacos utilizados na prática clínica convencional.


Artigo sobre Medicinas Alternativas e Estilos de vida saudáveis – Parte II

Pode ainda relacionar-se com este tema a alimentação, já que, por exemplo, o vegetarianismo, é um estilo de vida ainda não muito praticado e que poderá melhorar significativamente o nosso bem-estar físico e psicológico. Para além deste motivo, há ainda uma razão ética que apoia o vegetarianismo: se tivermos alternativas alimentares como esta, que não impliquem o sofrimento desnecessário de animais não humanos e que, adicionalmente, parecem contribuir para a nossa saúde e bem-estar, então parece errado moralmente fazer sofrer animais não humanos. Logo, parece que o vegetarianismo é, regra geral, uma prática moral louvável. Mas isto não implica que qualquer pessoa em toda e qualquer circunstância se deva tornar vegetariana, caso ainda não o seja. Há razões para sustentar uma prática faseada de implementação do vegetarianismo, especialmente para pessoas que nunca experimentaram este regime alimentar, pois, por exemplo, há que contar com a habituação progressiva do organismo humano a essa mudança de regime alimentar. E há claros casos – exemplo de casos de sobrevivência – em que é defensável que os seres humanos para se alimentarem recorram a alimentos que não apenas os vegetais. 
No sentido de reforçar a nossa tese, divulgamos um estudo realizado por investigadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido. Para a realização deste estudo foram analisados os hábitos alimentares e o QI de oito mil voluntários num período de 20 anos (fizeram-se testes quando todos os participantes tinham dez anos de idade e de novo aos 30) e notou-se que o QI dos que seguiam dietas vegetarianas era, em média, cinco pontos mais elevado do que o daqueles que comiam carne regularmente. Os vegetarianos eram também mais propensos a ter um  diploma de curso superior e empregos melhores.
A razão para esta evidência ainda não é totalmente conhecida, mas existem duas hipóteses: 1) a alimentação saudável de um vegetariano poderá, de alguma forma, aumentar sua capacidade cerebral; e 2) as pessoas com QI mais elevado poderão estar mais predispostas a  preocuparem-se com o respeito pelos animais, além de serem mais atentas aos benefícios de uma dieta saudável.
Em síntese, há que fazer um sério debate crítico de modo a beneficiar, tanto quanto possível, o maior número de pessoas, optando-se pelos sistemas que, caso a caso e por vezes de modo complementar, nos proporcionem um estilo de vida mais saudável.